sábado, 14 de novembro de 2009

PADRÕES

A preocupação crescente da sociedade com a aparência física é evidente. Há empregos, locais e situações onde a nossa endomentária e aspecto físico podem ser determinantes para o nosso sucesso ou fracasso. Mas será que pelo facto de não sermos aceites nesses empregos, locais ou situações estaremos deslocados daquele ambiente ou esse ambiente estará deslocado de nós? De facto os diversos ambientes estão confinados a algumas regras ou convenções as quais devem ser respeitadas caso queiramos estar nesses neles. Se é da nossa vontade permanecer neles isso é uma opção, mas não somos obrigados a mudarmos princípios ou a congelarmos o nosso estilo.
É importante mantermos a individualidade para sermos coerentes na nossa vida, percebermo-nos e sermos percebidos. Contrariar as nossas características pode se tornar penoso. Os conceitos de beleza estrangulam-nos todos os dias em situações tão banais como abrir uma revista ou ver um anúnico televisivo. E a questão põe-se todos os dias: por que é que não sou bela como ela? É certo que devemos nos sentir bem com o nosso corpo, o aspecto que temos e a mensagem que transmitimos, mas talvez tudo isso esteja condicionado com a sociedade e os seus padrões que fomos habituados a respeitar desde pequenos. Quando tomamos consciência da realidade é positivo fazermos uma retrospectiva psicológica e apercebermo-nos do que consideramos correcto e bom para nós.
Querermos nos sentir confortáveis não é sinónimo de desleixe nem tão pouco de falta de sensualidade. É sinal de que nos preocupamo com o nosso bem-estar e somos amigos de nós próprios o que é atraente para algumas pessoas. Evidente que gostavamos todos de ter alguém belo do nosso lado para o resto do dias, mas qual é a vantagem de termos uma escultura em casa, por vezes oca e sem qualquer correspondência connosco? Fazer culto ao seu corpo? Inveja aos amigos? Não sermos postos de fora de grupo A, B ou C? Independentemente da importância que os grupos a que pertencemos tenham na nossa vida, a nossa felicidade deve ser a nossa maior prioridade e o amor é parte importante da felicidade de qualquer um! É certa e conhecida a importância da atracção física no entendimento conjugal, mas a beleza é uma questão de prespectiva. O que à partida nos parece feio pode adquirir beleza com o tempo e é por isso que a aparência física não deve ser o primeiro motivo de exclusão à nossa lista de pretendentes. Além do mais, padrões de beleza e atracção nem sempre estão associados. Há gestos e atitudes que podem tornar alguém muito atraente!
O motivo pelo qual perdemos peso ou nos maquilhamos deve estar, mais do que com qualquer outra coisa, relacionado com a nossa saúde e bem estar!